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Mais critério na escolha de rosés

Uma degustação às cegas com especialistas mostrou que os vinhos rosés mais comprados em quatro supermercados paulistanos não são os melhores exemplares da categoria.

O que isso nos revela? De certa maneira, explica a bola de neve iniciada há algumas décadas com a importação de péssimos exemplares de vinho e o consequente preconceito do consumidor em relação ao rosé.

Por volta dos anos 70, muito rosé de baixa qualidade foi importado para suprir a demanda de um consumidor curioso pelo que, até então, era novidade. O rosé trazido era levemente adocicado e com poucos aromas.

Aos poucos, esse vinho virou sinônimo de bebida que não precisa ter nenhum atributo, a não ser sua cor atraente e seu bom preço. Produtores entenderam o recado e passaram a produzir quantidades industriais de vinho de qualidade questionável.

Muitos consumidores brasileiros acham que vinho rosé "não é vinho". Se for mesmo para escolher um dessa categoria, o consumidor tende a não ser exigente -a não ser pelo preço baixo.

E a bola de neve está formada: os mais consumidos são de má qualidade porque são muito baratos. E, por isso mesmo, não entregam nada muito interessante. A história só vai mudar se o consumidor mudar.

Para escolher o rosé, também precisamos ser criteriosos e não olhar apenas o preço (veja sugestões abaixo). Dê preferência aos produtores cuidadosos, mesmo que isso custe uns reais a mais.


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